Auguste Dupin, o vovô dos detetives criado por Edgar Allan Poe

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Auguste Dupin foi criado pelo escritor americano Edgar Allan Poe em 1841. Suas histórias foram pioneiras ao trazer três elementos: uso da lógica, narração da trama por um segundo personagem e explicação do raciocínio. Dupin estreou no conto Os Crimes da Rua Morgue, mas quem foi ele, afinal?

 

Homem com voz de tenor, leva uma vida quase solitária em Paris, onde tem apenas um amigo, que ficou conhecido como “o narrador anônimo” nos contos em que aparece. As maiores diversões de Dupin são ler, resolver charadas e decifrar hieróglifos.

 

Quando investiga um crime, é puramente cerebral: analisa os fatos, repara nos detalhes ignorados pela polícia e formula suas teorias. Fica muito atento às notícias publicadas nos jornais, aproveitando tudo aparentemente sem valor. Para ele, a polícia nunca sabe de nada, pois se baseia em métodos superficiais.

Entre as baforadas no cachimbo de âmbar, passa horas refletindo em silêncio. Seus olhos perambulam de um lado a outro até resolver o mistério. Dupin afirma que sua mágica nada mais é do que “o resultado do emprego correto da lógica, aliado à observação de qualidade e dedução psicológica dos fatos”.

 


Ilustração de A Carta Roubada, 1864

 

Mas nosso herói não é policial nem profissional. Detetive nas horas vagas, soluciona os casos por pura curiosidade e para satisfazer seu enorme ego. Edgar Allan Poe escreveu apenas três contos com Auguste Dupin. Talvez tenha se inspirado em notícias reais para criar o primeiro deles – Os Crimes da Rua Morgue – já que a exposição de um orangotango em um museu da Philadelphia, em julho de 1839, chamou a atenção da mídia na época.

Em O Mistério de Marie Roget (1842), Poe tomou como base o assassinato da jovem Mary Cecilia Rogers, vendedora de tabaco cujo corpo apareceu boiando no rio Hudson, em Nova York. A última aventura foi A Carta Roubada, de 1844, um dos primeiros mistérios de quarto-fechado da literatura policial. Neste tipo de história, o crime acontece em um ambiente fechado, sem explicação aparente. Uma trajetória curta para Dupin, mas fundamental.

 

 

(Texto extraído do e-book Os Maiores Detetives do Mundo, de Chris Lauxx)

 

SOBRE O E-BOOK


Título: Os maiores detetives do mundo
Autor: Chris Lauxx
Páginas: 316
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