GARCIA-ROZA | 10 romances policiais para conhecer a obra

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Em 16 de abril, perdemos um dos grandes nomes da literatura no Brasil. Luiz Alfredo Garcia-Roza publicou o primeiro romance policial aos 60 anos, e com ele ganhou um dos prêmios de maior prestígio do país, o Jabuti. O livro era O Silêncio da Chuva, e trazia o personagem que marcaria sua carreira literária, o reflexivo detetive Espinosa.

Roza era formado em psicologia e filosofia, e lecionou por muitos anos na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Junto a Rubem Fonseca, ele é um dos responsáveis por dar visibilidade ao gênero policial nacional. Em 2015, as histórias de Espinosa foram adaptadas para a TV pelo canal GNT, tornando sua obra ainda mais conhecida.

Para quem quer conhecer mais sobre a obra policial de Luiz Alfredo Garcia-Roza, o Literatura Policial selecionou 10 livros essenciais do autor.

 

* Todos os livros/e-books de Luiz Alfredo Garcia-Roza

 

1. O silêncio da chuva

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SINOPSE – No centro do Rio de Janeiro um executivo é encontrado morto com um tiro, sentado ao volante de seu carro. Além do tiro, único e definitivo, não há outros sinais de violência. É um morto de indiscutível compostura. Mas isso não ajuda: ninguém viu nada, ninguém ouviu nada.O policial encarregado do caso, inspetor Espinosa, costuma refletir sobre a vida (e a morte) olhando o mar sentado em um banco da praça Mauá. No momento tem muito sobre o que refletir. De um lado, um morto surgido num edifício-garagem; de outro, a incessante multiplicação de protagonistas do drama. Tudo se complica quando ocorre outro assassinato e pessoas começam a sumir. Prêmio Jabuti 1997 de Melhor Romance Prêmio Nestlé de Literatura 1997.

 

2. A última mulher

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SINOPSE – Ratto é um cafetão da Lapa, coração do Rio de Janeiro, que, acompanhado de seu sócio, Japa, consegue tirar uma pequena fortuna todo mês. Quando um violento policial resolve chantageá-lo, querendo abocanhar parte do quinhão, Ratto precisa desaparecer dali e arranjar um jeito de sobreviver. Refugiado em Copacabana, ele conhece Rita, uma prostituta jovem e muito inteligente que vira sua protegida, mas logo ambos se veem em meio a uma caçada pelas ruas e becos escuros da cidade. O delegado Espinosa, que conhece Ratto dos seus tempos de inspetor da 1ª DP, no Centro, é forçado a entrar no caso quando começam a surgir mulheres mortas com requintes de crueldade. Auxiliado pelos inspetores Welber e Ramiro, Espinosa precisa entender quem é a mente por trás de crimes tão brutais para impedir que Rita seja a próxima vítima.

 

3. Uma janela em Copacabana

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SINOPSE – Copacabana, Rio de Janeiro. Dois policiais são executados em curto espaço de tempo. Suas mortes têm muito em comum. Ambas as vítimas eram tiras de segundo escalão, com carreiras medíocres. Foram eliminados pelo mesmo homem, um assassino que dispara à queima-roupa e não deixa rastro. O mundo policial entra imediatamente em rebuliço. Quem estaria disposto a correr o risco de sair matando tiras, ainda que inexpressivos? Gente ligada ao tráfico? À própria polícia? Em meio às confusões de seu cotidiano de livros sem estantes e mulheres fugidias, o delegado Espinosa tem poucos elementos para desvendar o caso, mas sabe que quem cometeu os crimes tem uma motivação forte. Se matar um tira não costuma nunca ser um bom negócio, alguém deve ter concluído que eliminar esses dois era uma questão de estrita necessidade – dos riscos, o menor. Percorrendo as ruas de sua geografia predileta, entre os bairros do Leme e de Copacabana, o delegado vai se deparar com outras mortes e com uma mulher enigmática e insinuante, casada com um figurão da área econômica do governo federal.

 

4. Um lugar perigoso

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SINOPSE – São muitos os lugares perigosos deste livro. O primeiro é o próprio Rio de Janeiro, onde a história se desenrola. Como de costume nos romances de Garcia-Roza, a cidade é protagonista e sua geografia se torna parte indissociável da trama. Outro lugar de perigos insondáveis é a memória do professor Vicente, figura central neste enredo. Afastado da universidade em razão de problemas de saúde, ele passa os dias em casa e ganha a vida como tradutor, numa rotina aparentemente tranquila. Até que se depara com uma lista cheia de nomes de mulheres. Quem são elas? Foram suas colegas na universidade? Alunas? Por que ele as reuniu numa lista e que relação manteve com elas? São questões que ele não tem como desvendar, pois sofre de uma síndrome em que as lembranças se apagam e a imaginação toma o lugar dos fatos. Vicente busca a ajuda do delegado Espinosa para descobrir o paradeiro das mulheres listadas. Mas a investigação traz à tona os cantos obscuros de sua mente e pode revelar a origem de crimes que nada têm de imaginários. Na décima primeira aventura do delegado Espinosa, Garcia-Roza mostra por que é um dos renovadores do gênero policial no Brasil e um de seus artífices mais talentosos.

 

5. Espinosa sem saída

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SINOPSE – O psiquiatra de um hospital universitário sente-se perseguido por um jovem paciente. O sentimento de perseguição aumenta a cada dia e passa a ser vivido por outras pessoas ligadas ao médico. Misteriosamente, o paciente desaparece e, depois de alguns meses, é dado como morto. A essa morte seguem-se outras, sem que se possa determinar quem está sendo perseguido e quem é o perseguidor. Tampouco é possível concluir com clareza se as pessoas morreram de morte natural ou se foram assassinadas. Em meio a essa trama, o delegado Espinosa tenta separar o que é real do que é fantasia, tendo como guia apenas a convicção de que a morte não é um delírio.

 

6. Vento sudoeste

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SINOPSE – Soprava um sudoeste em Copacabana quando o delegado Espinosa saiu para se encontrar com o homem que lhe fizera o estranho pedido: investigar um assassinato que ainda não tinha sido cometido e cujo assassino seria ele próprio. Mais estranho ainda: o homem ignorava o motivo do crime, como seria cometido e quem seria a vítima. Que motivos teria o investigador para levar a sério um caso que mais parecia assunto de psiquiatra do que de delegado de polícia? Pouco a pouco, entretanto, ele vai se enredando numa trama assombrada por conflitos psicológicos e assassinos em potencial. À medida que o tempo muda e ao sabor do vento sudoeste – prenúncio de perturbações de todo tipo -, o que de início se apresentava como delírio persecutório acabará assumindo feições brutais, num desafio à inteligência do titular da 12.a DP do Rio de Janeiro.

 

7. Achados e perdidos

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SINOPSE – O recém-promovido delegado de Achados e perdidos continua o homem reservado do tempo da delegacia da praça Mauá, no centro do Rio. Neste livro, Vieira, delegado aposentado, está ao lado dele a cada novo fato violento, entrega-se aos encantos da insinuante Flor, a prostituta que termina por capturar também Espinosa ao lhe oferecer o corpo perfeito. O policial se deixa ainda perturbar pelo umbigo de Cristina, a pintora; quem sabe não se apaixonará por ela?Do Espinosa de antes, o leitor reconhecerá o constrangimento por falhar na proteção a um sem-nome, um desses meninos que infestam a noite e as ruas de Copacabana. Mas verá que, menos melancólico, ele se tornou também um homem de ação. Em Achados e perdidos o delegado Espinosa encontrou-se com a plena maturidade profissional.

 

8. Céu de origamis

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SINOPSE – Cecília é uma secretária competente. Depois que seu patrão sai do consultório dentário ela guarda todo o equipamento, desliga os aparelhos, tranca a porta e vai embora. Doutor Marcos é um homem tranquilo, e o trabalho com ele é sem sobressaltos. Hoje ele e a mulher vão jantar em casa de amigos. Fato raro, pensa a secretária. Em geral, doutor Marcos e a mulher ficam em casa. Estranho, para um casal jovem como eles… Cecília gosta de trabalhar no consultório. Tudo é sempre tão perfeitamente previsível que Cecília jamais poderia imaginar que no dia seguinte receberia a visita da polícia em busca de informações sobre seu patrão. Na véspera, doutor Marcos desaparecera sem deixar sinal. Não havia registro de acidentes de trânsito nem de nenhum tipo de ocorrência policial. Só que ele simplesmente não chegara em casa. E, como se não bastasse, havia um detalhe absurdo: o carro de doutor Marcos estava estacionado exatamente onde deveria estar, em sua vaga na garagem do prédio onde morava. O que teria acontecido com doutor Marcos? Sobre ele, Cecília explicaria a Espinosa: “Sempre foi atencioso e gentil, nunca alterou a voz, nunca reclamou com mau humor de alguma coisa. Ele parece irreal”.

 

9. Na multidão

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SINOPSE – O delegado Espinosa enfrenta um de seus casos mais intrigantes: a morte por atropelamento de Laureta Sales Ribeiro, pensionista da Previdência Social. Ela acabava de sair do 12o. DP, em Copacabana, onde tentara conversar com Espinosa. Depoimentos de testemunhas levam à hipótese de homicídio. As investigações conduzem a uma agência da Caixa Econômica Federal e a um suspeito: um funcionário exemplar com o estranho hábito de fundir-se à multidão nas ruas do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, Espinosa faz uma incursão à própria infância, no Bairro Peixoto, e evoca a morte de uma menina, ocorrida quarenta anos antes. Enquanto o delegado remexe na memória e nos velhos álbuns de família, buscando no passado uma explicação para os acontecimentos presentes, o inspetor Ramiro e o detetive Welber vigiam os passos do suspeito. Quando tudo parece esclarecido, um novo assassinato surpreende a polícia e lança outra luz sobre a investigação. Em meio à confusão de sua vida afetiva, jogos de sedução e disputas amorosas, Espinosa tem de enfrentar um psicopata perigoso à procura de uma identidade redentora. Garcia-Roza, mais uma vez, perscruta o crime com o olhar da psicanálise e se consagra como um dos maiores autores da literatura policial brasileira. Reconstitui com maestria as motivações da mente psicótica e seu esforço desesperado de reescrever o passado, identificando as circunstâncias, algumas vezes fortuitas, que forjam um assassino. Com uma narrativa enxuta e empolgante, Na multidão convida o leitor a refletir sobre as relações familiares, a culpa e a solidão.

 

10. Fantasma

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SINOPSE – No décimo romance do premiado criador do delegado Espinosa, uma moradora de rua é possivelmente a única testemunha de um assassinato ocorrido em Copacabana. A mulher sentada à beira da calçada na av. Nossa Senhora de Copacabana só se sente em casa vivendo na rua: estar entre paredes a oprime, ela tem a sensação de que vai morrer sufocada. É tão fina e educada que todos a chamam de Princesa. Seu “lar” é um trecho do piso de cimento delimitado por pedaços de papelão. Muito gorda, tem dificuldade para se mover. Mesmo assim, não descuida da aparência: alisa bem o vestido sobre as pernas esticadas, penteia-se com esmero e passa batom com pelo menos frequência – sempre que recebe a visita do delegado Espinosa. E o delegado Espinosa visita Princesa várias vezes por dia. Afinal, tudo indica que ela viu quem enfiou uma faca no homem muito branco, talvez um estrangeiro, que amanheceu morto na calçada a alguns metros dela. Mas Princesa costuma sonhar, às vezes até quando está acordada… E como saber, nesta vida, o que é realidade e o que se passa no mundo dos sonhos? Isaías é o grande amigo de Princesa. Ele sabe que a amiga viu alguma coisa que não deve ser lembrada. Acredita que precisa proteger a qualquer custo a moça dos perigos que podem surgir da noite – quando ela dorme sozinha na calçada – e do dia, quando os passantes são tantos que é difícil distinguir o inimigo que se aproxima para desferir um golpe. Como Princesa, Isaías é incapaz de lidar com o mundo complicado onde os dois vivem; como ela, é indefeso e vulnerável.

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